Babel, Façamo-nos um nome. 2017 < scroll down for english version >


A idéia do trabalho é a produção de um estrutura feita com todos os livros de uma biblioteca, na tentativa de estabelecer uma nova ordem, baseado no tamanho dos livros, volume, etc.
Perturbando a lógica imposta pela biblioteca tradicional, a estrutura impõe a lógica estrutural de uma construção que deve funcionar de forma prática. Esta estrutura mantém a dinâmica da biblioteca que conhecemos, os livros podem ser removidos e colocados de volta, a retirada dos livros para consulta e uso permanece. Cada livro removido é anotado em uma ficha de controle criada para o trabalho, este lugar da espaço para uma lâmina de acrílico fluorescente baseado na palheta de cores dos marca-textos e post it(s) usados na operação de marcação (locais para a memória).

A ação simples desta proposta de uso desestabiliza a coluna que, por sua vez, faz a ligação do solo com o teto, propondo que o observador - agente deste processo analise a possível estabilidade ou instabilidade desta estrutura

_ Quais as escolhas empregadas na ação?
_ Vale a pena a estrutura ruir por qual livro?



Conceito_

Babel é uma torre mencionada no Livro do Gênesis da Bíblia que teria sido construída por descendentes de Noé após o Dilúvio.

Os versículos de 1 a 9 do capítulo 11 de Gênesis contam a partir de um grupo de pessoas, que antes do aparecimento das diversas línguas, foram morar no oriente, na planície de Sinear, uma terminologia usada na Bíblia Hebraica para se referir provavelmente à região da mesopotâmia. A passagem afirma que o método de construção (embora muito anterior à existência dos egípcios), se aproxima mais do método dos egípcios - que usavam tijolos e betume - do que da técnica babilônica (que também só surgiria séculos mais tarde)  de construir com pedra e terra. A estrutura é normalmente associada a um zigurate, antigos templos babilônicos, muito embora o texto não faça qualquer associação religiosa à torre.

Jeová, o Deus hebraico, então, desce "para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam" e vendo o que faziam, decidiu confundir-lhes as línguas para impedir que prossigam com sua empreitada, dizendo "Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que não entendam a linguagem um do outro."

O texto também apresenta alguns jogos de palavras "Babel", que significa confusão em hebraico e também com o uso de uma palavra que significa "lugar" e "nome" ao mesmo tempo no verso 
"façamo-nos um nome".

Para os judeus adquiriu o significado de "confusão" em harmonia com Gênesis 11:9. Moisés terá derivado o nome Babel, em hebraico Bavél, da raiz do verbo ba.lál, que significa "confundir".Curiosamente,
Bab e El sugere uma combinação do acadiano Bab ("porta", "portão") com o hebraico El ("Deus", abreviatura usada para Elóhah e Elohím)

Segundo a Hipótese documental, a passagem deriva da fonte Javista, um escritor cujo trabalho está cheio de Paranomásias[1], e como muitas das outras paranomásias no texto Javista, o elemento da história que se refere à confusão das línguas é visto por muitos como uma pseudo-etimologia para o nome Babel, relacionado com uma história
mais histórica do colapso de uma torre. Jacob Boehme defende, em seu livro  "Quarenta Questões Sobre a Alma", que a torre simboliza a confusão das "falsas religiões" que a humanidade teria construído para voltar ao céu.  Em seus textos, afirma que cada um pode "falar" com Deus diretamente sem intermediários e identificar a Escola de Mistério.

------------
Babel, let's make ourselves a name. 2017
The idea of ​​the work is the production of a structure made with all the books in a library, in an attempt to establish a new order, based on the size of the books, volume, etc.
Disturbing the logic imposed by the traditional library, the structure imposes the structural logic of a construction that must work in a practical way. This structure maintains the dynamics of the library we know, books can be removed and put back, the removal of books for consultation and use remains. Each removed book is annotated on a control sheet created for the work, this place gives space for a fluorescent acrylic sheet based on the color palette of the highlighters and post it (s) used in the marking operation (locations for the memory ).
The simple action of this proposed use destabilizes the column, which in turn makes the connection between the ground and the ceiling, proposing that the observer - agent of this process analyze the possible stability or instability of this structure
_ What are the choices used in the action?
_ Which book is worth crumbling over?

Concept_

Babel is a tower mentioned in the Book of Genesis of the Bible that would have been built by descendants of Noah after the Flood.
Verses 1 to 9 of Genesis chapter 11 tell from a group of people who, before the appearance of different languages, went to live in the east, in the Sinear plain, a terminology used in the Hebrew Bible to refer probably to the region of Mesopotamia. The passage states that the method of construction (although much earlier than the existence of the Egyptians), is closer to the method of the Egyptians - who used bricks and bitumen - than to the Babylonian technique (which would also only appear centuries later) of building with stone and land. The structure is usually associated with a ziggurat, ancient Babylonian temples, although the text makes no religious association with the tower.
Jehovah, the Hebrew God, then descends "to see the city and the tower, which the sons of men built" and seeing what they were doing, he decided to confuse their tongues to prevent them from proceeding with their endeavor, saying "Come, let us go down and confuse their language there, so that they don't understand each other's language. "
The text also features some word games "Babel", which means confusion in Hebrew and also using a word meaning "place" and "name" at the same time on the back
"let us make ourselves a name".
For the Jews it acquired the meaning of "confusion" in harmony with Genesis 11: 9. Moses derived the name Babel, in Hebrew Bavél, from the root of the verb ba.lál, which means "to confuse". Interestingly,
Bab and El suggests a combination of the Akkadian Bab ("door", "gate") with the Hebrew El ("God", an abbreviation used for Elóhah and Elohím)
According to the documentary Hypothesis, the passage derives from the Javista source, a writer whose work is full of Paranomásias [1], and like many of the other paranomásias in the Javista text, the element of history that refers to the confusion of languages ​​is seen by many as a pseudo-etymology for the name Babel, related to a history
most historic collapse of a tower. Jacob Boehme defends, in his book "Forty Questions About the Soul", that the tower symbolizes the confusion of the "false religions" that humanity would have built to return to heaven. In his texts, he states that each one can "speak" to God directly without intermediaries and identify the School of Mystery.
...
 

Processo durante o período expositivo de 1 mês [detalhe]

estrutura de madeira, livros, marcadores em acrílico, pasta contendo as fichas para o trabalho e caneta / dimensões variáveis.

------------

Process during the 1 month exhibition period [detail]
wooden structure, books, acrylic markers, folder containing the worksheets and pen / variable dimensions.

 
 
Ficha de Controle e Mapeamento de intenção disponível ao visitante.
 
------------ 
Control and Intent Mapping sheet available to the visitor.



Marcadores dispostos pela biblioteca durante o período expositivo.

______


Markers arranged by the library during the exhibition period.


Back to Top