Falência da imagem - Falência da Informação, 2019. < scroll down for english version >
vela vermelha derretida, envelope, carimbo, relevo seco e vidro anti-reflexo / 8 x 13x 16 cm / edição de 20 + 2P.As

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O trabalho tenciona as fronteiras pré estabelecidas entre imagem, informação e a forma como olhamos para as coisas, para o mundo. A reflexão neste contexto é algo sempre distorcido pois não é a coisa em si, mas devemos nos ater aos detalhes.
O detalhe, para Didi-Huberman, é intermitente. O trabalho aqui toma emprestado o pensamento do filósofo, Seja no compasso corpóreo sístole-diástole, seja no bater de asas de uma mariposa ou na bioluminescência dos vaga-lumes, ele é também aquilo que foge do controle, é sintoma, mais uma vez, queda, acidente. É ainda uma economia fantasmática do gesto e, ainda, fissura, resto, poeira. Sendo a imagem “pouca coisa: resto ou fissura”, enfim, ela se apoiaria em “um acidente de tempo que a tornaria visível ou legível”. É diante de tal economia que lidamos com a ordenação dos gestos, dos fantasmas e da poeira próprios das imagens.
Em L’image survivante, Georges Didi-Huberman escreve que “a imagem bate, e nela a cultura também bate. Tal seria sua via paradoxal, impossível de fixar-se”. A imagem vai e vem entre a afirmação e a negação da vida. Essa “energia vital” seria o caráter movente da imagem. Esse movimento, esse bater das imagens, se prolonga nas pálpebras, no seu piscar para ver melhor, ou ainda no movimento dos lábios quando eles justamente procuram as palavras,  e sua aglutinação na informação.
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Image bankruptcy - Information bankruptcy, 2019.
melted red candle, envelope, stamp, dry relief and anti-reflective glass / 8 x 13x 16 cm / edition of 20 + 2P.

The work aims at the pre-established boundaries between image, information and the way we look at things, at the world. Reflection in this context is always distorted because it is not the thing itself, but we must stick to the details.
The detail, for Didi-Huberman, is intermittent. The work here borrows the thought of the philosopher, Whether in the systole-diastole bodily compass, or in the flapping of a moth's wings or in the bioluminescence of fireflies, it is also what gets out of control, it is a symptom, again, fall, accident. It is still a phantasmic economy of the gesture and, still, fissure, rest, dust. The image being “little thing: rest or fissure”, in short, it would be supported by “an accident of time that would make it visible or legible”. It is in the face of such an economy that we deal with the ordering of gestures, ghosts and dust typical of images.
In L'image survivante, Georges Didi-Huberman writes that “the image hits, and culture also hits it. Such would be his paradoxical way, impossible to fix ”. The image comes and goes between the affirmation and the denial of life. This "vital energy" would be the moving character of the image. This movement, this flickering of images, is prolonged in the eyelids, in their blinking to see better, or even in the movement of the lips when they are just looking for words, and their agglutination in the information.

 
Falência da imagem - Falência da Informação, 2019.
vela vermelha derretida, envelope, carimbo, relevo seco e vidro anti-reflexo / 8 x 13x 16 cm / edição de 20 + 2P.As

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Image bankruptcy - Information bankruptcy, 2019.
melted red candle, envelope, stamp, dry relief and anti-reflective glass / 8 x 13x 16 cm / edition of 20 + 2P.




 







Falência da imagem - Falência da Informação, 2019. [carimbo]
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Image bankruptcy - Information bankruptcy, 2019. [stamp]


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